domingo, 3 de julho de 2016

Resenha: Misery

Título: Misery
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de letras
Páginas: 326
Gênero: Ficção americana
ISBN: 978-85-8105-214-4
Minha Avaliação: ☠ 5/5


Sinopse: Sua fã número um.
Paul Sheldon é um famoso escritor que finalmente encontrou sua maior fã. Ela se chama Annie Wilkes, e é mais do que uma leitora voraz: é a enfermeira de Paul, pois cuida dos ferimentos que ele sofreu num grave acidente de carro. Mas Annie também é a carcereira de Paul, mantendo-o prisioneiro em sua casa isolada.
Agora Annie quer que Paul escreva sua obra-prima, mas só para ela. Annie tem vários métodos para incentiva-lo. Como uma agulha. Ou um machado. E, se nada funcionar, ela poderá ficar ainda mais perigosa. 

Resenha: Stephen King mostra mais uma vez que não precisa de muito para escrever uma história. Consegue fazer de um enredo simples com duas pessoas interagindo dentro de uma casa, um thriller psicológico de dar arrepios.
Aqui, ele não usa de artificio o sobrenatural. Somente explorando a loucura e a maldade humana ele escreve Misery.

'Quando você olha para o abismo, o abismo também olha para você'

O primeiro capítulo já cita Nietzsche, muito bem empregado. Pois, muitas vezes na loucura alheia, você encontra a sua própria.
King, para o personagem Paul Sheldon explora a temática de um escritor passando por um bloqueio ao escrever uma história de sucesso, a qual detesta escrever, e seu problema com a bebida. Ele se isola em uma cidade remota, em algum lugar no meio do nada e bate o carro rumo ao Novo México.
Muito machucado  e com dores lancinantes, pensa que vai morrer. Mas é encontrado por Annie, por sua sorte ou ou pela falta dela, e ela o leva para sua casa ao invés de um hospital.

'Paul Sheldon descobriu três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após emergir da nuvem escura. 
A primeira foi que Annie Wilkes tinha bastante analgésico.
A segunda, que ela era viciada em analgésicos.
A terceira foi Annie Wilkes era perigosamente louca'

Annie é fã número um não de Paul, e sim de Misery. O romance que ele tanto queria se livrar. Annie enlouquece ao descobrir o fim que Paul deu a Misery no final do livro. Ela o mantem em cárcere em sua casa, mas a corrente que o segura não é de metal e sim sua perna estilhaçada resultado do acidente.
Ela quer que Paul reescreva a história somente para ela e tem seus meio cruéis de conseguir que o enredo saia a seu gosto.
Temos aqui algo parecido com Mil e uma Noites, onde somente a curiosidade e a dependência que Annie tem de saber o que acontece com Misery que mantêm Paul vivo. Vivo, mas não inteiro. Durante esse tempo Paul faz planos de como fugir e inevitavelmente descobre vertentes da maldade de Annie e de seu passado como enfermeira. Descobre ai sua visão doente de sofrimento.
O romance é escrito, mas eterniza Annie. O que Paul vivenciou ao escreve-lo deixou cicatrizes e traumas duradouros.

Annie nos mostra em sua loucura, que na verdade o que te faz fã ou o que te faz fanático é uma linha tênue.

6 comentários:

  1. Olá Janaína,
    Não conhecia o livro mas, adorei a resenha. :)

    Um beijo,

    www.purestyle.com.br

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  2. Olá Janaína, como você está?

    Sabe, só lendo a premissa do livro, não me interessa muito. Mas todo o ar de mistério que você mostrou em sua resenha, me deixou curiosa sobre a história. Gostei de saber que a loucura é o assunto abordado no livro!

    Retribuindo a visita e seguindo também <3
    Beijos,
    http://queremosmaislivros.blogspot.com.br/

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    1. Olá Débora! Então, o enredo é bem simples mesmo, na verdade a maioria dos de King é assim, é o contexto que ele explora que é legal.

      Volte sempre!

      Beijos, Jana!

      Blog Viajeinasentrelinhas

      @ViajNasE_Linhas

      Face viajeinasentrelinhas

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  3. oooi
    tudo bem?
    Tem resenha deste livro no blog também. O Ro ADORA os livros do Stephen King e sempre devora eles, haha.
    A premissa dos livros dele sempre chamam a atenção e ele sempre faz várias citações de obras conhecidas, né?

    PROMOÇÃO DOIS ANOS DO BLOG BIO-LIVROS

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    1. Oiii... fui conferir e adorei o blog e adorei! Já estou seguindo lá! Eu adoroooo o King, é o melhor... é como eu disse, ele faz um enredo simples e com poucos personagens virar um soco psicológico, no caso de Misery nem tem nada sobrenatural, e dá arrepios!

      Beijos, Jana!

      Blog Eu Li nas EntreLinhas

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